Os Tembé - Reserva Indígena Alto Rio Guamá
Foto: Glauber Júlio. Data: 08/01/2018. |
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Os Tembé do Guamá: problemas de colonização e comércio no Alto Rio Guamá (1950-1985)
Autor
Álvaro Gomes de Sousa
Resumo
Este trabalho analisa o processo de colonização e comércio no Alto Rio Guamá, mais precisamente na Reserva Indígena Alto Rio Guamá (RIARG), a partir dos incentivos do Serviço de Proteção aos Índios (SPI) para o desenvolvimento da produção agrícola e seus desdobramentos. Com isso, fez-se o levantamento de fontes orais e documentais que revelam o processo de colonização imposto na região. Para isso, realizou-se o levantamento bibliográfico, posteriormente cruzado com as fontes, a fim de se obter uma melhor análise do processo historiográfico. A criação do SPI ajudou a fortalecer as relações comerciais e as práticas de agricultura já existentes na RIARG, fazendo parte de um processo de colonização pensado pelos órgãos públicos, mas que já estavam presentes na região desde o século XIX. Este processo foi fortalecido ainda mais com as transformações ocorridas a partir de 1950, como a construção da rodovia Belém-Brasília, que implicou diretamente no surgimento de dezenas de vilas, povoados e cidades, a exemplo de Capitão Poço, tendo o imigrante nordestino como principal agente em meio às transformações políticas e estruturais que estavam ocorrendo no Brasil.
CRIANÇAS INDÍGENAS E OS SABERES DE INFÂNCIA ENTRE OS TENETEHARA
Autores:
Lena Cláudia dos Santos Amorim
Mestre em Antropologia no PPGCS Mestre em Antropologia Social e Cultural pelo Programa de Pós-Graduação em Ciências Sociais (PPGCS/UFPA).
Marcos Murelle Azevedo Cruz
Mestre em Linguagens e Saberes na Amazônia pelo Programa de Pós-Graduação em Linguagens e Saberes na Amazônia (PPLSA/UFPA).
Resumo
Este artigo vem apresentar omo a infância indígena é vivenciada na prática cotidiana do povo Tenetehara, pois sabemos que muitas são as ações as quais as crianças estão envolvidas desde do nascimento até a fase de transição para a fase adulta, portanto o trabalho tem como objetivo apresentar como as crianças indígenas são direcionadas em suas atividades cotidianas. Neste cenário onde a oralidade se faz presente como fator primordial no ensino-aprendizado, e ainda o conhecimento institucionalizado, é necessário verificar que atribuições são destinadas as crianças no espaço da escola formal. A pesquisa foi realizada na Terra Indígena Alto Rio Guamá (TIARG), situada no Estado do Pará, próximo da divisa com o Estado do Maranhão, abrangendo os municípios de Santa Luzia do Pará, Nova Esperança do Piriá e Paragominas. A TIARG é banhada no seu limite norte pelo curso alto do rio Guamá e no limite sul pelo curso alto do rio Gurupi. Ainda nessa dinâmica cultural é importante pensar o contexto da infância, como um momento diferenciado no espaço da aldeia, pois a pesquisa revelou que as crianças estão envolvidas em todo processo cultural e social do grupo, é determinado atividades de acordo com a faixa etária, e saberes do grupo, sendo repassado oralmente.
CONTEXTO FÍSICO E SOCIOCULTURAL DE UMA ALDEIA INDÍGENA “TEMBÉ” NA AMAZÔNIA BRASILEIRA
Autores:
Miriam Dantas de Almeida
Psicóloga. Mestrado em Psicologia pela Universidade Federal do Pará (UFPA), no Programa de Pós-Graduação em Psicologia.
Janari da Silva Pedroso
Psicólogo. Pós-Doutorado em Psicologia (Universidade Católica de Brasília). Professor Associado 3 da Faculdade de Psicologia e do Programa de Pós-
Graduação em Psicologia da UFPA.
Celina Maria Colino Magalhães
Doutora em Psicologia (Psicologia Experimental) pela Universidade de São Paulo. Atualmente é Professora Titular da UFPA.
Estela Márcia França Aido
Mestranda em Psicologia Social e Clínica no Programa de Pós-Graduação em Psicologia da UFPA.
Resumo
O estudo do desenvolvimento humano se faz necessário nos diversos contextos socioculturais, pois a partir dele é possível identificar as variáveis que influenciam no ciclo da vida. O contexto para realização da pesquisa foi a aldeia indígena Tenetehar-Tembé, localizada na Terra Indígena do Alto Rio Guamá (TIARG), na Amazônia brasileira. Realizou-se uma pesquisa qualitativa, com utilização de instrumentos de observação participante e diário de campo, que permitiram a descrição do contexto físico e social dessa comunidade.
Houve a participação do cacique, das lideranças e dos professores indígenas da aldeia Sede. Objetivou-se com este estudo relatar a estruturação física e sociocultural da aldeia Sede, onde residem os Tenetehar-Tembé, à luz da Teoria do Nicho Desenvolvimental, com enfoque no subsistema denominado de Contexto Físico e Social. Os dados coletados foram sistematizados em eixos temáticos para melhor compreensão e análise, a saber: a aldeia como lugar de todos os indígenas; espaço social da aldeia sede; ambientes sagrados da aldeia; e o tempo na aldeia. Tais categorias revelaram o conceito que os indígenas têm sobre ambiente físico e social, do lugar que eles habitam e o respeito que possuem dos lugares sagrados em determinados horários. Práticas que abrangem desde crianças até as pessoas idosas da aldeia, o que exerce influência direta no curso desenvolvimental. Entende-se ser necessário refletir sobre a maneira como os cuidadores tratam suas crianças e no que acreditam ser adequado ao cuidado delas, correlacionando com o ambiente em que são cuidadas, uma vez que essa relação se configura e é construída no meio sociocultural em que estão inseridos.
Palavras-chave: nicho desenvolvimental; crenças; práticas; índios; Amazônia.
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